A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas.
A marca mais característica da Umbanda, uma religião surgida no Brasil no final do século XIX e início do século XX, é a manifestação de entidades espirituais, por meio da mediunidade de incorporação. Os primeiros espíritos a “baixar” nos terreiros de Umbanda foram aqueles conhecidos como Caboclos e Pretos-velhos, a seguir surgiram outras formas de apresentação como as Crianças, conhecidas, variadamente, como Erês, Cosme e Damião, Dois-dois, Candengos, Ibejis ou Yori. Essas três formas, Crianças, Caboclos e Pretos-velhos, podem ser consideradas as principais porque resumem vários símbolos: representam, por exemplo, as raças formadoras do povo brasileiro – indígenas, negros e brancos europeus – e também representam as três fases da vida – a criança, o adulto e o velho – mostrando a dialética da existência. Além disso, trazem valores arquetipais de Pureza e Alegria na Criança; Simplicidade e Fortaleza no Caboclo e a Sabedoria e Humildade dos Pretos-velhos, mostrando o caminho para a evolução espiritual dos sentimentos, do corpo físico e da mente. Com a expansão da Umbanda, muitas entidades apareceram, como os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e outras, sem falar de Exu, outro grande ícone umbandista.
Essa diversidade confirma a abrangência desse movimento espiritual que chama a todos e recebe seres encarnados e desencarnados, com vibrações de fraternidade e amizade sob a luz de Oxalá.
Nesse artigo trataremos, mais especificamente, das entidades conhecidas como Caboclos, invariavelmente presentes nos terreiros de Umbanda, praticando a caridade e cumprindo sua missão espiritual.
Existem variações no entendimento que os umbandistas têm sobre o que sejam os caboclos. As variações são próprias do movimento umbandista, notavelmente plural, mas há consenso na Umbanda, no fato de que os Caboclos são espíritos de humanos que já viveram encarnados no plano físico e são, portanto, nossos ancestrais. É interessante notar que em alguns cultos afro-brasileiros, os caboclos são considerados “encantados” e se relacionam com os espíritos da natureza, recebendo nomes de animais, plantas ou outros elementos naturais. Essa percepção se aproxima das lendas indígenas que narram um tempo em que os animais falavam e viviam em comunhão com os homens, podendo um se transformar no outro, (veja mais nas obras de Betty Mindlin).
A palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada. Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo. Dada essa relação dos caboclos com os indígenas – nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi. Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos. No entanto, há caboclos da praia, do mar e das ondas, das pedreiras, das cachoeiras, dos rios etc., cujos elementos se associam mais aos outros Orixás que a Oxossi.
Outra maneira de se interpretar as entidades de Caboclo, é como espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de voz vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para trabalhar nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais negativas. Seu linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas, paramentados ou não com cocares, arcos e flechas, machadinha e espadas. Aqui estamos entendendo os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades ligadas aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã. É claro que essas últimas entidades não vêm como índias, mas com uma forma tipicamente relacionada aos seus atributos. Todavia, são entidades que se apresentam como adultos.
Feitas essas ressalvas, podemos dizer que todas as entidades de Umbanda, especialmente as Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, são espíritos ancestrais que estão ligados, cada um, a um Orixá. Assim, as crianças trazem a vibração dos Orixás Ibeji, conhecidos na Umbanda Esotérica como Yori; os Pretos-velhos vêm sob as vibrações dos Orixás Obaluaiê, Nana Burukum ou Yorimá e os Caboclos podem ser de Oxossi, Xangô, Ogum etc. Também é preciso falar que existem os chamados cruzamentos vibratórios em que uma entidade de Ogum, por exemplo, pode trazer também as forças de outro orixá, como Ogum Yara que além das forças de Ogum, movimenta também as forças dos Orixás das águas, como Yemanjá, Oxum etc.
Vejamos alguns exemplos de Caboclos de Oxossi: Caboclo Sete Flechas, Caboclo Folha Seca, Caboclo Pena Vermelha, Cacique das Matas, Caboclo Cobra-coral, Cabocla Jurema, Cabocla Jacyra, Caboclo Ventania, Caboclo Caçador e outros. Na linha de Ogum temos: Ogum de Lê, Ogum Beira-mar, Ogum Matinata, Ogum Sete Ondas, Caboclo Biritan, Ogum Megê, Ogum Sete Espadas e mais uma plêiade de espíritos que vêm sob essa vibração. Entre os caboclos de Xangô temos muitos caboclos famosos, como Caboclo das Sete Pedreiras, Caboclo Vira-mundo (que vem como Xangô ou Oxossi), Xangô Kaô, Caboclo Pedra Branca, Caboclo da Pedra Preta etc. Para citar alguns da linha de Oxalá, que dificilmente baixam, temos Caboclo Ubiratan, Caboclo Girassol, Caboclo Ipojucan, Caboclo Guaracy e Caboclo Tupi. Esses caboclos, normalmente, vêm fazendo cruzamento vibratório com outros orixás, especialmente com Oxossi.
Todas as entidades de Umbanda são importantes. Ainda que alguns se orgulhem de serem médiuns de caboclos renomados e tidos como chefes de falange, o que vemos é que quando estão no terreiro, os Caboclos tratam uns aos outros como iguais, mostrando que o que importa é o trabalho espiritual e, como em uma aldeia, tudo é feito em conjunto e com as ordens dos planos superiores. Assim diz um ponto cantado de caboclos: na sua aldeia ele é caboclo, é Rompe-mato e seu mano Arranca-toco, na sua aldeia lá na jurema, não se faz nada sem ordem suprema.
Todas as entidades de Umbanda são importantes. Ainda que alguns se orgulhem de serem médiuns de caboclos renomados e tidos como chefes de falange, o que vemos é que quando estão no terreiro, os Caboclos tratam uns aos outros como iguais, mostrando que o que importa é o trabalho espiritual e, como em uma aldeia, tudo é feito em conjunto e com as ordens dos planos superiores. Assim diz um ponto cantado de caboclos: na sua aldeia ele é caboclo, é Rompe-mato e seu mano Arranca-toco, na sua aldeia lá na jurema, não se faz nada sem ordem suprema.
É também do linguajar de caboclo, que não cai uma folha da jurema (da mata), sem ordem de Oxalá, ou seja, que tudo na vida tem motivo e que nossas ações são registradas na lei de causa-e-efeito, ou lei do karma. Mas isso não significa ficar passivo, esperando o pior acontecer. Os Caboclos também ensinam a termos coragem e a sermos guerreiros na vida, lutando pelo que é justo e bom para todos. No que é possível, os caboclos nos ajudam a entrar na macaia (a mata que simboliza a vida), a cortar os cipós do caminho (vencer as dificuldades) e, se preciso, caçar os bichos do mato (vencer as interferências espirituais negativas). Essa postura é evidenciada em vários pontos, como esse:
Atira, atira, eu atirei, eu bamba vou atirar Bicho no mato é corredor, Oxossi na mata é caçado.
Cadê Vira-mundo pemba (bis)
Tá no terreiro, pemba, com seus caboclos, pemba.
Veado no mato é corredor, cadê meu mano caçador
E o Caboclo Ventania que me protege noite e dia.
Cadê Vira-mundo pemba (bis)
Tá no terreiro, pemba, com seus caboclos, pemba.
Veado no mato é corredor, cadê meu mano caçador
E o Caboclo Ventania que me protege noite e dia.
Para quem vivência o terreiro, que há anos luta as batalhas espirituais e já viu os caboclos vencendo as demandas dos filhos-de-fé, afastando entidades negativas, tratando doenças que a medicina muitas vezes não resolve e dando lições de simplicidade, humildade, coragem e persistência, ouvir ou mesmo lembrar esses pontos cantados, traz uma sensação de alegria que enche o coração, renova o ânimo e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Melhor do que qualquer leitura sobre caboclo é vê-lo incorporado atendendo quem precisa.
- Foi o Caboclo das 7 Encruzilhadas quem primeiro anunciou as diretrizes de uma nova religião, a Umbanda, em 1908.
- Os caboclos são considerados os grandes mentores da Umbanda.
- O termo "caboclo" além de designar índio, tem dentro de Umbanda o significado de espírito que trabalha e que na religião vem sob as ordens de algum orixá.
- Constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas vibrações.
- São confundidos com o Orixá Oxossi, mas são, na realidade, trabalhadores espirituais que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
- Possuem grande elevação espiritual, e trabalham incorporados em seus médiuns, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
- Geralmente são os escolhidos pela espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos médiuns representando o Orixá de cabeça do médium.
- São o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento, curas, desobsessões, solução de problemas psíquicos e demandas materiais e espirituais.
- Espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores.
- Nem todos foram índios em suas encarnações passadas, havendo inclusive dentre eles, espíritos de médicos, cientistas e mestres de várias áreas.
- Têm profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas grandiosas.
- Ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva limpando nossa aura e proporcionando energia e força para a conquista de nosso objetivo.
- Entidades que através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram.
- Em seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.
- Normalmente os caboclos usam a vibração do orixá masculino do médium e as caboclas do orixá feminino.
- Ao encerrarem seus trabalhos em terra os caboclos voltam para a Aruanda, mas muitos deles dizem estar voltando para a Jurema, que na realidade, é o mesmo espaço astral, conhecido por diversos nomes.
- Em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc. Falam de forma rústica, muitas vezes confundida com antipatia por alguns consulentes.
- Os brados, emitidos por eles em terra, são como mantras e cada um emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem bloqueios nos consulentes, nos médiuns ou no ambiente geral.
- Sua cor é o verde escuro e seu dia a quinta-feira.
- Sua saudação é: OKÊ CABOCLO!
AS SETE LINHAS DE UMBANDA
Todas as entidades que militam na Corrente Astral de Umbanda estão dentro de uma das 7 linhas, que são:
LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ:
Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo.
Falam calmos, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada... Baixam raras vezes e só o fazem, quando encontram o médium em excelente estado mental, e moral. As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares. | |
LINHA OU VIBRAÇÃO DE YEMANJÁ:
Fazem sentir seus fluídos de ligação pela cabeça, braços e joelhos. Balançam o corpo do aparelho (médium) suavemente, levantando os braços em sentido horizontal, flexionando e tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax, pela elevação respiratória e balançando a cabeça, tomam o controle do médium. Gostam, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando vibrações, porém serenos sem encenações.
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LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORI: Essas entidades, altamente evoluídas, externam pela máquina física, maneiras e vozes infantis, mas de modo sereno, às vezes apenas um pouco vivas. Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam rapidamente o aparelho pelo mental. Gostam quando no plano de Protetores, de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas provações que ainda temos que passar, se insistirmos nisso. | |
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LINHA OU VIBRAÇÃO DE XANGÔ:
Essas entidades usam a forma de Caboclos, e se entrosam no Corpo Astral de maneira semi brusca, refletindo-se em arrancos no físico; suas vibrações atingem logo o consciente do aparelho (médium), forçando-o do tórax a cabeça, em movimentos de meia rotação e pela insuflação de suas veias do pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco, na respiração ofegante, até normalizarem seu domínio físico.
Emitem não uma espécie de som silvado, da garganta para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou de um surdo trovejar... Não gostam de falar muito |
| Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em todas suas atitudes demonstram vivacidade. |
LINHA OU VIBRAÇÃO DE OXOSSI:
Têm a forma de Caboclos; os Orixás, Guias e Protetores são suaves em suas apresentações ou incorporações. Jogam seus fluídos pelas pernas, com tremores e ligeiras flexões das mesmas.Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. | |
LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORIMÁ: Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, pitando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça. Falam compassados e pensando bem no que dizem. Seus fluídos são fortes , porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho(médium). Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo a cabeça. Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluídos de presença vem como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na incorporação |
AS TRÊS FORMAS DE APRESENTAÇÃO
As 3 formas de apresentação dos mentores espirituais, são:
· PRETOS VELHOS (PAI PRETO)
representando a HUMILDADE, SABEDORIA
· CABOCLOS (de ORIXALÁ/ OXOSSI/ XANGÔ/ OGUM/ YEMANJÁ), representando a SIMPLICIDADE, a FORTALEZA
· CRIANÇAS,
representando a PUREZA, o AMOR.
Vamos ver os atributos de cada forma de apresentação:
CRIANÇAS:
Essas entidades se manifestam de forma muito singela, com vozes infantis, são verdadeiros MAGOS DA PUREZA, transmitem as mais puras vibrações de alegria e amor universal. Trazem ao ambiente a alegria e a pureza, características, realmente, da fase da infância.
CABOCLOS:
Essas entidades se manifestam produzindo em seus médiuns uma postura ereta e voz vibrante, são os MAGOS DA FORTALEZA, transmitem uma sensação de segurança, porém com muita simplicidade. Despertam nas pessoas a fortaleza moral.
PAIS VELHOS ou PRETOS VELHOS:
Essas entidades se apresentam de forma simples, produzindo vozes muito calmas e fazendo com que seus médiuns se curvem. São os MAGOS DA SABEDORIA, trazem consigo vibrações de paz, serenidade e muita humildade. São entidades que carregam o peso da experiência, são sapientíssimas, mas sempre demonstrando muita humildade
Doutrina do Tríplice Caminho
Fica evidente que só entidades espirituais elevadas, já destituídas de qualquer atavismo espiritual (conceitos humanos), conhecedora da sistemática evolutiva planetária, poderiam atuar no Movimento Umbandista.
Mas para serem aceitos, esses Mestres planetários, adaptaram sua forma para melhor entendimento da coletividade.
Todos sabemos que as espíritos superiores estão livres dos atributos comoidade, raça, língua ou religião, contudo escolheram as formas de : Crianças, caboclos e pais velhos
Pq ??? Assim os brasileiros de origem indígenas se identificariam com os caboclos... os de origem africanas com os pais velhos... os de origem européia com as crianças...
- no aspecto representativo:
As 3 etapas da vida humana (infância, maturidade e senilidade) em todas as raças
- no aspecto de valores:
CRIANÇA é símbolo do AMOR e PUREZA
CABOCLO é símbolo da FORTALEZA e SIMPLICIDADE
PAI VELHO é símbolo da SABEDORIA e HUMILDADE
Obs.: Isso em todo o planeta, adaptando as representações aos aspectos regionais (exp. Um velho mestre oriental na china e etc...)
O objetivo da Umbanda é resgatar para o homem sua cidadania espiritual, perdida pelo egoísmo, vaidade e orgulho. Para restituir a SANIDADE ESPIRITUAL do homem os MESTRES ASTRAIS se apresentam como:
Mestres da SABEDORIA (atuam no Campo MENTAL)
Mestres do AMOR e PUREZA (promovem a cura dos sentimentos)
Mestres da FORTALEZA e ATIVIDADE (atuam na energia física dos consulentes)
Vemos isso nos Templos de Umbanda, sem que os consulentes percebam...
Os Pais velhos orientam as mentes através dos conselhos e experiências
As Crianças infundem alegria, bom animo e felicidade
Os Caboclos trazem energias dos sítios da natureza, para saúde, impulso e movimento dos filhos de fé .
A tríplice manifestação dos Mestres Astralizados na Umbanda visa trazer:
- Equilíbrio na mente
- Estabilidade no sentimento
- Harmonia nas ações
No momento da cosmogênese, conhecido como big-bang, 3 fenômenos concretizaram a criação:
- A LUZ
- O SOM
- O MOVIMENTO
Na doutrina do tríplice caminho, temos 3 doutrinas convergentes denominadas:
- Doutrina TÂNTRICA corresponde a LUZ
- Doutrina MÂNTRICA corresponde ao SOM
- Doutrina YANTRICA corresponde ao MOVIMENTO
A doutrina TÂNTRICA é o caminho para a purificação e sublimação do ORGANISMO MENTAL do homem (MESTRES TÂNTRICOS são mestres DA SABEDORIA)
A doutrina MÂNTRICA é o caminho para a purificação e sublimação do ORGANISMO ASTRAL do homem (MESTRES MÂNTRICOS são mestres DO AMOR e PUREZA)
A doutrina YÂNTRICA é o caminho para a purificação do ORGANISMO FÌSICO do homem (MESTRES YÂNTRICOS são mestres DA AÇÃO e FORTALEZA)
Homem
|
Organismo
|
Sincretismo
|
Arquétipo
|
doutrina
|
cosmo
|
Pensamento
|
Mental
|
Pais Velhos
|
Sabedoria
|
Tântrica
|
Luz
|
Sentimento
|
Astral
|
Crianças
|
Amor
|
Mântrica
|
som
|
Ação
|
Físico
|
Caboclos
|
Atividade
|
Yântrica
|
Movimento
|
ENTRECRUZAMENTOS
OXALÁ - A LUZ DO SENHOR DEUS
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é "Gabarael".
As entidades que se apresentam sob essa vibração não costumam atuar diretamente na mecânica de incorporação, e no grau de Orixá-menor essas entidades se apresentam como " caboclos " , que a partir dos respectivos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Urubatão da Guia ---------------- representante direto de Oxalá
Guaraci ------------------------------ intermediário para Ogum
Guarani ------------------------------ intermediário para Oxossi
Aymoré ------------------------------ intermediário para Xangô
Tupi ----------------------------------- intermediário para Yorimá
Ubiratan ----------------------------- intermediário para Yori
Ubirajara ---------------------------- intermediário para Yemanjá
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como: ( Caboclo Águia Branca,Caboclo Itinguçu, Caboclo Girassol,Caboclo Nuvem Branca,Caboclo Guarantan,Caboclo Poty e outros).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: (Caboclo Guaraná, Caboclo Malembá,Caboclo Água Branca, Caboclo das águas Claras, Caboclo Jacutinga,Caboclo Lírio Branco, Caboclo da Folha Branca, Caboclo Ibitan e outros).
Ogum - O GUERREIRO CÓSMICO PACIFICADOR
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é "Samuel".
As entidades que se apresentam sob essa vibração atuam constantemente na mecânica de incorporação, e seus trabalhos ativos visam o chamamento ( os clarins de Ogum ) e o abarcamento, buscando restabelecer a fé e a Lei única.
No grau de Orixá-menor, essas entidades se apresentam como " caboclos ", e a partir dos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Ogum de Lei ---------------------- representante direto de Ogum
Ogum Rompe-Mato ------------- intermediário para Oxossi
Ogum Beira Mar------------------ intermediário para Xangô
Ogum de Malé -------------------- intermediário para Yorimá
Ogum Megê ----------------------- intermediário para Yori
Ogum Yara -------------------------intermediário para Yemanjá
Ogum Matinata --------------------intermediário para Oxalá
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como:( Caboclo Tira-teima, Caboclo Humaitá, Caboclo 7 Ondas, Caboclo 7 Lanças, Caboclo Icaraí,Caboclo Estrela do Oriente e outros).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: (Caboclo Espada Dourada, Caboclo do Escudo Dourado, Caboclo Oraí, Caboclo Angarê, Caboclo Karatan, e outros).
Oxossi - O CATEQUIZADOR DE ALMAS
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é " Ismael ".
As entidades que se apresentam sob essa vibração no grau de Orixá-menor , raramente atuam na mecânica de incorporação. No grau de guias e protetores essas entidades depois das de Ogum, constituem na atual fase do movimento umbandista, o segundo maior número de entidades atuantes na mecânica de incorporação.
No grau de Orixá-menor, essas entidades se apresentam como " caboclos ", e a partir dos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Arranca-toco ------------------- representante direto de Oxossi
Cobra Coral ---------------------intermediário para Xangô
Tupynambá ----------------------intermediário para Yorimá
Juremá --------------------------- intermediário para Yori
Pena Branca ------------------- intermediário para Yemanjá
Arruda ---------------------------- intermediário para Oxalá
Araribóia ------------------------ intermediário para Ogum
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como: (Caboclo Tupiara, Caboclo Flecha Dourada, Caboclo 7 Estrelas, Caboclo 7 Folhas,Caboclo Folha Verde, e outos).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: (Caboclo Jupurá, Caboclo Mata Verde,Caboclo Aratan, Caboclo 3 Penas, e outros).
Xangô - O SENHOR DIRIGENTE DAS ALMAS
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é " Mikael ".
Xangô é o senhor da justiça e da balança kármica na Ordem da Coroa Divina, sendo senhor da balança é também o senhor das almas e por essa razão que, o Arcanjo Mikael ( Arcanjo tutor de Xangô ) conhecido como São Miguel Arcanjo se eternizou na epopéia Lúcifer X Satã que narra a queda dos espíritos do reino virginal.
No grau de Orixá-menor, essas entidades se apresentam como "caboclos", e a partir dos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Xangô kaô ------------------------- representante direto de Xangô
Xangô Pedra Preta ------------- intermediário para Yorimá
Xangô 7 Cachoeiras ----------- intermediário para Yori
Xangô 7 Pedreiras -------------- intermediário para Yemanjá
Xangô Pedra Branca ----------- intermediário para Oxalá
Xangô 7 Montanhas ------------- intermediário para Ogum
Xangô Agodô --------------------- intermediário para Oxossi
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como: (Caboclo do Sol e da Lua, Caboclo Pedra-Roxa, Caboclo Cachoeira, Caboclo Ventania,Caboclo Rompe Fogo e outros).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: ( Caboclo Quebra-Pedra, Caboclo Itapiranga, Caboclo Sumaré, Caboclo do Raio, Caboclo Pedra-Verde e outros).
Yorimá - POTÊNCIA REINANTE DA LEI
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é " Yramael ".
As entidades da vibração de Yorimá no grau de protetor, guia ou até Orixá-menor quando encontram filhos de fé de boa vontade, atuam na mecânica de incorporação e se expressam como pais-velhos, condutores e sábios, que nos orientam como búsulas norteadoras pelos caminhos da vida, e nos medicam no corpo e na alma quando necessitamos .
No grau de Orixá-menor, essas entidades se apresentam como "pretos-velhos", e a partir dos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Pai Guiné ----------------------- representante direto de Yorimá
Pai Congo D´Aruanda ------ intermediário para Yori
Pai Arruda ---------------------- intermediário para Yemanjá
Pai Tomé ------------------------intermediário para Oxalá
Pai Benedito -------------------intermediário para Ogum
Pai Joaquim --------------------intermediário para Oxossi
Vovó Maria Conga -----------intermediário para Xangô
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como: (Pai Chico das Almas,Vovó Angola, Pai João D' Angola, Pai Congo do Mar, Vovó Cambinda de Guiné e outros).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: (Pai Tibúrcio, Pai Celestino do Congo, Pai Cipriano, Pai João da Caridade, Pai Chico Carreiro, Vovó Barbina e outros).
Yori - POTÊNCIA MANIFESTADA
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é " Yoriel ".
As entidades da faixa de Yori no grau de protetor, guia ou Orixá-menor quando encontram veículos de boa vontade, atuam na mecânica de incorporação e promovem consultas renovadoras que proporcionam alegria e harmonia aos consulentes.
No grau de Orixá-menor, essas entidades se apresentam como "crianças", e a partir dos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Tupãnzinho ------------------ representante direto de Yori
Yariri -------------------------- intermediário para Yemanjá
Ori ----------------------------- intermediário para Oxalá
Yari --------------------------- - intermediário para Ogum
Damião ---------------------- -intermediário para Oxossi
Doum --------------------------intermediário para Xangô
Cosme ------------------------ intermediário para Yorimá
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como: (Mariazinha, Chiquinho, Paulinho, Aninha, Ricardinho, Crispim e outros).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: (Estrelinha D' Angola, Dominguinho,Dounzinho, Jureminha, Joãozinho da Praia e outros).
Yemanjá - A SENHORA DA VIDA
O Arcanjo Tutor e mediador divino dessa vibração é " Rafael ".
As entidades que se apresentam sob essa vibração, assim como as entidades de Oxalá, raramente atuam na mecânica de incorporação pois, trabalham por cima, organizando e dando novos rumos ao movimento umbandista. Nos graus de protetor e guia estas entidades ocasionalmente atuam nos terreiros.
No grau de Orixá-menor, essas entidades se apresentam como " caboclos ", e a partir dos entrecruzamentos vibratórios se denominam:
Cabocla Yara ---------------------- representante direto de Yemanjá
Cabocla Sereia do Mar --------- intermediário para Oxalá
Cabocla do Mar ------------------- intermediário para Ogum
Cabocla Indayá -------------------- intermediário para Oxossi
Cabocla Yansã -------------------- intermediário para Xangô
CAbocla Nanã Burukum -------- intermediário para Yorimá
Cabocla Oxum --------------------- intermediário para Yori
Algumas das entidades no grau de guia, se apresentam como: (Cabocla Cinda, Caboclo do Mar, Cabocla 7 Luas, Cabocla Juçanã,Cabocla Jandira e outros).
E no grau de protetor alguns dos diversos nomes que são utilizados por essas poderosas entidades são: (Cabocla Lua-Nova, Cabocla Rosa-Branca, Caboclo da Praia, Cabocla Jacy, Cabocla da Concha Dourada,Caboclo 7 Conchas e outros).
FONTES:
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